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https://manualdogamerxa.blogspot.com/2025/05/megaman-x-restante-do-detonado.html
Mega Man X é um daqueles jogos que carregam uma carga enorme de nostalgia — e espero que essa sensação nunca me abandone. Lembro com carinho das tardes jogando na casa de um amigo, tentando derrotar Sigma (mesmo tentando enrolar para não chegar ao fim logo), ouvindo lendas sobre partes secretas da armadura escondidas nos lugares mais improváveis... Era uma época mágica. Alguns anos atrás, finalizei o jogo e agora decidi montar este detonado, junto com algumas reflexões pessoais.
Com o tempo, toda franquia precisa inovar — e com Mega Man não foi diferente. Essa mudança começou de forma mais evidente justamente aqui, com a transição da série clássica para a série X. E foi uma mudança acertada. A série X é uma das mais queridas pelos fãs, e trouxe um tom mais sério ao universo de Mega Man. O personagem ficou mais poderoso, ganhou habilidades como escalar paredes, um Buster aprimorado, e os cenários perderam o colorido mais infantil dos jogos anteriores, adotando uma estética mais sombria e personagens com design mais realista.
Apesar dessas novidades, a estrutura do jogo ainda está bastante presa à fórmula dos títulos clássicos: oito chefes que podem ser enfrentados em qualquer ordem, seguidos pela fortaleza final do vilão. Por mais que eu goste da liberdade de escolher a ordem das fases, esse formato já mostrava sinais de repetição. Não chega a ser algo negativo aqui em Mega Man X, mas ao longo da série, até o X8, essa estrutura quase não mudou, o que pode cansar um pouco.
Deixando as comparações de lado, vamos falar do jogo em si. Sendo um título que marca uma nova era, era de se esperar uma ligação mais direta com a série clássica — o que, infelizmente, nunca aconteceu. Até hoje não sabemos exatamente o destino dos personagens clássicos. Há apenas teorias e especulações. Para quem, como eu, se importa com o enredo, fica aquele sentimento de "ok... mas e aí?". A falta de uma conexão clara enfraquece um pouco a experiência. O jogo já tem quase 20 anos e muitos pontos da história ainda permanecem em aberto. Alguns fragmentos são revelados em títulos posteriores, mas nunca de forma satisfatória.
A trama básica é a seguinte: Mega Man X (ou apenas X) é o primeiro Reploid — um robô capaz de pensar, sentir e agir por conta própria. Criado pelo Dr. Light em seus últimos anos de vida, X possui um grau de liberdade tão alto que representa um perigo em potencial, podendo até quebrar a primeira lei da robótica: "Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal." Por conta disso, ele foi selado em uma cápsula de testes, onde permaneceu por muitos anos.
Anos depois, o arqueólogo Dr. Cain encontra essa cápsula e, a partir dos dados de X, cria os primeiros Reploids. Com o tempo, alguns desses robôs começam a agir de forma perigosa, atacando humanos. Eles passam a ser chamados de Mavericks. Para combatê-los, surge a força dos Maverick Hunters, com Sigma como líder. Inicialmente, tudo corre bem — até que Sigma, considerado o mais poderoso dos Hunters, se rebela. Ele conclui que os humanos são um empecilho para a evolução dos Reploids e declara guerra à humanidade. A maioria dos Hunters passa a segui-lo, e o conflito se agrava.
Com os humanos cada vez mais acuados, X se junta a Zero, agora líder dos Hunters, para tentar pôr fim ao conflito. A história se desenvolve a partir daí, com desdobramentos que vão sendo explorados nas sequências. Para quem quiser entender melhor os eventos iniciais, recomendo assistir ao OVA Mega Man X: The Day of Sigma. Ele complementa bem o pano de fundo do jogo.
Ainda assim, há muitos buracos na narrativa geral, e espero que um dia a Capcom nos entregue respostas mais concretas.
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