Da série X para o Super Nintendo, Megaman X2 era o único que eu ainda não havia jogado e, por isso, acreditava que era o pior da franquia. Pensava que se tratava apenas de uma sequência de Megaman X, onde mudavam os chefes e o poder secreto era um Shoryuken. No entanto, eu estava enganado!

 Da série X para o Super Nintendo, Megaman X2 era o único que eu ainda não havia jogado e, por isso, acreditava que era o pior da franquia. Pensava que se tratava apenas de uma sequência de Megaman X, onde mudavam os chefes e o poder secreto era um Shoryuken. No entanto, eu estava enganado!

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Para começar, o enredo do jogo se passa seis meses após a destruição de Sigma. X (que, curiosamente, é chamado de Megaman na versão americana) e seus aliados continuam a eliminar os remanescentes das forças de Sigma, os famosos Mavericks. Em busca de informações fornecidas pelo Dr. Cain, X e os outros Maverick Hunters encontram os últimos Mavericks em uma fábrica, acreditando que são os últimos vestígios da resistência. Mal sabem eles que uma nova guerra está prestes a começar, com os X-Hunters prontos para acabar com X. O enredo é apresentado de forma mais clara ao longo do jogo, sendo o primeiro da série a incluir cenas que ajudam a entender a história, ao contrário de ter que ler as informações na guia que vinha com o cartucho.

Além disso, Megaman X2 inova em vários aspectos. O jogo é anti-clichê e introduz elementos que seriam copiados em títulos posteriores da série. Um exemplo disso são os chefes que aparecem no meio das fases. Embora alguns Mavericks sigam o padrão de elementos como fogo e água, a variedade é maior, evitando os clichês comuns, como o chefe de gelo ou elétrico. As batalhas contra os Mavericks também não se limitam a salas quadradas, proporcionando uma dinâmica mais interessante, embora isso possa facilitar um pouco as lutas.

Outro ponto positivo é a interação mais intensa entre as fases e o jogador. Por exemplo, a Central Computer, que, se ativada, altera a dinâmica da fase. O jogo é dinâmico e intenso, oferecendo uma experiência envolvente para os jogadores que apreciam desafios. As fases têm uma interação maior com Megaman, o que é um elemento novo introduzido neste título.

Por outro lado, a parte técnica de Megaman X2 apresenta algumas falhas. Os gráficos, embora não sejam desagradáveis, parecem ter mudado pouco em relação ao primeiro jogo da série. Se houve alguma melhoria, não consegui notar. A sonorização é outro ponto fraco; poucas músicas se destacam e, mesmo assim, acabam se tornando repetitivas, tornando a experiência sonora um tanto desagradável. Além disso, as fases, apesar de terem uma dificuldade moderada, são bastante curtas, o que pode ser frustrante em um jogo que busca oferecer uma experiência intensa.

Outro aspecto que pode ser desgastante é a necessidade de recorrer a guias para encontrar os segredos do jogo. Embora eu aprecie a busca por desafios, a dificuldade em descobrir certos locais pode ser frustrante. No entanto, essa exigência de raciocínio é um ponto positivo, tornando a experiência mais gratificante. Por outro lado, após me acostumar com o jogo, percebi que consegui derrotar três chefes apenas com o Booster, algo que nunca havia feito em outros Megamans, o que levanta questões sobre a dificuldade.

Em resumo, Megaman X2 é um jogo que se destaca pela inovação, o que conta muitos pontos a seu favor, tornando os defeitos mais aceitáveis (exceto o som, que me levou a desligar o áudio). Não vejo como um problema a volta de Sigma como vilão, já que este é o segundo jogo da série e essa reviravolta foi prometida no primeiro. Infelizmente, Megaman X2 pode ser ofuscado por outros títulos da série (como X4, X3 e até mesmo X6), mas definitivamente merece ser reconhecido. Portanto, se você é fã da série, procure o cartucho antigo ou a ROM e jogue; você não vai se arrepender!

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